Cidades de PE empregam mais

Demanda de trabalhadores em alta, mercados aquecidos e cinco cidades pernambucanas entre as 50 que mais contrataram no mês de agosto. Os dados da última pesqui­sa do Cadastro Geral de Em­pregados e Desempregados (Caged) mostram que foram criadas 299 mil vagas no Brasil, melhor resultado para o mês de agosto desde o início da série histórica, em 1992. Na lista de melhor desempenho na geração de emprego formal, Recife, presente com 5.832 contratações, é acompanhada por Goiana (2.603), Ipojuca (1.978), Igarassu (1.856) e Timbaúba (1.352), fechando a participação de Pernambuco. Sirinhaém apareceu em outra lista, a das cidades que mais demitiram, com 940 desligamentos no mesmo mês.

Recife vem de um cenário de constante aquecimento no mercado e não surpreendeu ao conquistar o quinto lugar no Brasil no mês de agosto. “Tratam-se dos profissionais de Serviço, Construção Civil e Indústria de Transformação. To­dos os setores estão ligados. Muitos serviços contratados, por exemplo, são na área de administração de imóveis, fazendo a Construção Civil ser a grande sustentação em números de admissões no Estado”, garante o superintendente Regional do Trabalho e Emprego de Pernambuco (SRTE-PE), André Luz Negromonte. “Estamos em situação muito positiva na geração de postos de trabalho. Pernambuco é o melhor estado do Nordeste nesse quesito e 4º lugar no Brasil, em termos absolutos. São 2,26 milhões de empregos com carteira assinada em 12 meses, sendo 1,95 mi­lhões só este ano”, enfatiza.

A Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernam­buco (AD Diper) destaca as vagas em consideração às demandas profissionais das indústrias que estão se instalando no Estado e indica possíveis capacitações aos pontos de treinamento, como Sebrae, Senai e Senac. “Quando as empresas lançam o projeto para conseguir incentivo fiscal, uma cópia fica aqui e solicitamos três sinalizadores dos principais cargos com vagas (quantitativamente). Com esse número, fazemos um somatório geral e é possível indicar uma capacitação que, certamente, traria aos alunos um emprego pós-conclusão”, garante presidente da AD Diper, Jenner Guimarães.

Para Guimarães, por não solicitar incentivo fiscal, a Construção Civil não indica para o Governo o quantitativo de vagas demandadas. Mas o mercado está super aquecido. “Pela quantidade de obras na região, edificações comerciais, residenciais e as próprias indústrias, os cargos de técnico em Edificações e Engenheiro Civil são certeza de demanda nos projetos”, destaca.

Foi onde Melina Bergamo aproveitou para conquistar seu novo trabalho. Recém-contratada da Construtora Cenic Souza Filho, a engenhei­ra de obras destaca o mercado atual como o ideal para os engenheiros. “As empresas de construção estão crescendo, as demandas de projetos estão aumentando e é a chance de entrar e crescer junto. O momento é de estar dentro das obras”, disse.