Pernambuco registrou a maior taxa de crescimento brasileira na produção industrial em agosto, no comparativo com o mês anterior. Com aumento de 7,4%, o Estado deixou para trás dois meses seguidos de queda na produção. Os resultados foram divulgados, ontem, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que identificou crescimento em sete das 14 regiões pesquisadas.
Durante a assinatura de protocolo de intenções para a implantação de uma nova indústria em Suape, o governador Eduardo Campos comemorou o desempenho estadual. “Estamos felizes por Pernambuco ter registrado o maior crescimento da produção industrial no País e pelo fato de o setor sinalizar para uma retomada. Isso é uma prova de que o Brasil foi o último a entrar na crise e já está saindo dela”, avalia.
Em agosto, setores como alimentos e bebidas (3%) e metalurgia básica (4,1%) foram os principais responsáveis pelo aumento da produção industrial em Pernambuco. Em alimentos e bebidas, os destaques foram a fabricação de cerveja, chope e refrigerantes. Já na metalurgia, cresceu a produção de vergalhões de aço.
Apesar do crescimento em agosto, Pernambuco ainda registra queda nos indicadores do acumulado do ano (-7,5%) e na comparação com agosto de 2008 (-1,3%). Ao longo do ano, o Estado apresenta taxas negativas em nove dos 11 setores industriais, cabendo a produtos químicos (-11,6%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-26,5%) e metalurgia básica (-9,7%) as principais influências negativas sobre a média global.
BRASIL
Em âmbito nacional, a produção industrial cresceu 1,2% em agosto sobre o mês anterior. Na lista das regiões que ampliaram a produção estão Espírito Santo (6%), São Paulo (2,5%), Rio Grande do Sul (1,9%), Bahia (5,7%), Nordeste (3,9%), Amazonas (1,2%) e Pernambuco (7,4%). Já na comparação com agosto de 2008, a produção industrial caiu em 13 das 14 áreas pesquisadas. A única exceção foi Goiás, com alta de 3,2%.
No acumulado do ano, a produção industrial apresentou queda em todas as regiões, com quatro recuando em ritmo mais acentuado que a média nacional (-12,1%): Espírito Santo (-25,6%), Minas Gerais (-19,6%), Amazonas (-14,1%) e São Paulo (-13,1%), este último com a estrutura industrial mais diversificada e de maior peso.
Indústria de Pernambuco tem a maior expansão
12/07/2011