Executivos e técnicos da suíça Novartis estiveram no estado detalhando o cronograma e o plano para a construção da fábrica de vacinas no polo farmacoquímico de Goiana, a 63 quilômetros do Recife.
Na terça e quarta-feiras, o grupo participou de reuniões na Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (AD Diper) e visitou o local onde a planta será instalada.
No Hotel Atlante Plaza, no Recife, a equipe assistiu a apresentações das concessionárias de água, energia elétrica e telefonia, que já se comprometeram a atender as necessidades do empreendimento.
A fábrica de vacinas contará com um investimento estimado em US$ 700 milhões (cerca de R$ 1,6 bilhão), com conclusão prevista para 2013. A planta vinha sendo disputada por outros países, como Cingapura e Itália.
"Mesmo em um cenário global de crise, o Brasil, juntamente com a China, são os únicos países que contam com a nova decisão de investimento em planta", disse o diretor mundial de operações técnicas das área de vacinas e diagnósticos da Novartis, Matthew Stober.
Durante a reunião na AD Diper, ficou acertado que as obras de infraestrutura e logística serão iniciadas ainda este ano. À Compesa, a Novartis apresentou uma demanda mensal preliminar de 18 mil metros cúbicos de água.
De acordo com a empresa, a previsão de conclusão em 2013 segue o cronograma médio de cinco anos necessários para a construção, validação e aprovação pelas agências reguladoras.
A planta pernambucana produzirá basicamente vacinas contra gripe e meningite.
A Novartis anunciou que vai produzir em Pernambuco vacinas em uma plataforma flexível baseada em tecnologia de glicoconjugação, altamente eficazes.
A nova unidade da Novartis atenderá tanto o mercado interno quanto o externo.
Para poder exportar, a planta pernambucana precisará passar por uma pré-qualificação da Organização Mundial de Saúde. A suíça poderá expandir a fábrica, produzindo aqui também vacinas de nova geração ainda em fase de testes clínicos.
"Iremos produzir aqui produtos que já estão no mercado, mas também temos a intenção de levar para o Brasil novas vacinas que ainda estamos desenvolvendo", comentou o diretor da área de vacinas e diagnósticos para a América Latina, Riad Sherif.
Essa foi a segunda vez que uma missão da Novartis esteve em Pernambuco para tratar do projeto.
"Conseguimos avançar de forma significativa. Definimos as responsabilidades de cada parte para fazer deste projeto um sucesso para a Novartis e para Pernambuco", declarou outro executivo, Ralf Clemens, diretor mundial de desenvolvimento da área de vacinas e diagnósticos.
O presidente da AD Diper, Jenner Guimarães, ficou satisfeito com o planejamento apresentado pela Novartis e com os avanços do cronograma.
"Iremos trabalhar juntos com a Novartis no que for preciso para que tudo saia como planejado"
Novartis apresenta cronograma
15/07/2011