Central da GM opera em setembro

Depois de um atraso de mais de seis meses, a central de importação e distribuição de veículos da General Motors, que será implantada no Complexo de Suape, deve finalmente entrar em operação no segundo semestre deste ano. A perspectiva é de que a central, cuja meta é trazer cerca de 20 mil carros por ano, esteja em funcionamento a partir de setembro. No Recife para um encontro promovido pela Câmara Americana de Comércio (Amcham-Recife), o vice-presidente da montadora no Brasil, José Carlos Pinheiro Neto, também disse que deve ser instalado no local uma unidade de pequenos reparos.

 

Esse mesmo tipo de serviço, no Complexo Industrial Automotivo de Gravataí, no Rio Grande do Sul, conta com uma mão-de-obra de cerca de 500 trabalhadores terceirizados, embora Pinheiro tenha preferido não confirmar quantos ficarão na unidade que deve ser montada em Suape. O executivo, um dos convidados para o evento, chamado Circuito Amcham de Desenvolvimento Regional - Edição Suape, também reafirmou que a GM vai manter a perspectivade investimentos da ordem de US$ 2,5 bilhões no Brasil, no período entre 2007 e 2012, apesar da crise financeira mundial.

 

A central vai distribuir veículos para os nove estados do Nordeste e mais cinco da região Norte. O objetivo da empresa é realizar duas operações de desembarque mensalmente, recebendo em cada uma delas aproximadamente 1 mil produtos. A multinacional, cuja matriz recentemente passou por problemas financeiros que resultaram na intervenção do governo norte-americano, já está com praticamente toda estrutura física da nova central de distribuição, restando apenas detalhes burocráticos para liberar sua operação.

 

"O que precisamos acertar é a harmonização entre os estados, mas já estamos realizando reuniões para deixar isso tudo pronto", apontou Pinheiro Neto. Ele se refere ao pacto fiscal entre os 14 estados. Em cada um deles, a GM precisará abrir uma nova inscrição estadual para liberar as operações. É esse processo que a empresa está tentando agilizar para poder inaugurar sua central.

 

Outra etapa da instalação da unidade que está sendo superada é a da auditagem do sistema, uma das exigências da Receita Federal para liberar as operações. "Quando esse processo, que deve durar pelo menos seis meses, for iniciado, terá sido cumprida essa etapa com a Receita", explicou Antônio Carlos Ramos, gerente de Relações Governamentais da GM. De acordo com ele, em uma reunião semana passada, a GM e Porto de Suape apresentaram à Receita o modelo de negócios que será adotado na nova central de distribuição.