Segmento local ficará acima das médias nacional e nordestina
A indústria pernambucana deve registrar um crescimento de 4,5% a 5% ao fim deste ano. Segundo o presidente da Federação das Indústrias de Pernambuco (Fiepe), Jorge Côrte Real, o acréscimo seria ainda maior, não fossem as turbulências da crise mundial. Caso a economia tivesse se mantido estável, o incremento teria condições de chegar até 9%. Mesmo assim, o Estado conseguirá ficar acima das médias nacional e nordestina. O problema é que alguns setores esbarram na falta de políticas tributárias.
“Poderiam ser tomadas medidas relacionadas aos calçados e à indústria moveleira semelhantes às que foram adotadas na área têxtil. É o caso de incentivar os investimentos e isentar as empresas dos insumos”, elencou Côrte Real, lembrando a necessidade de uma Reforma Tributária. Para 2010, ele aposta em recuperação, em função da caminhada de projetos estruturadores, como a duplicação da BR-101 e da BR-408, as obras da Transnordestina, além da Refinaria Abreu e Lima e do Estaleiro Atlântico Sul.
Sobre o pacote anunciado anteontem pelo Governo Federal, o presidente da Confederação Nacional das Indústrias (CNI), Armando Monteiro Neto, disse que o País pode até pecar por excesso, mas nunca por falta de ações. “Com a desoneração de IPI até os investimentos da Petrobras vão ficar mais baratos, porque está se tirando o imposto sobre ativos e máquinas”.
Ontem, 29 empresas com mais de 70 anos - idade completada pela Fiepe este ano - foram homenageadas durante o lançamento da edição 2009/ 2010 do Cadastro Industrial de Pernambuco da Fiepe. Entre elas a Companhia Geral de Melhoramentos em Pernambuco/Usina Cucaú, fundada em 1891. “O prêmio é de extrema importância para empresa e para a indústria açucareira”, disse o diretor-presidente da Companhia, Antônio Dourado Cavalcanti Filho. Mais de dez usinas foram homenageadas e ainda houve a entrega do prêmio IEL.
Da redação - Folha de Pernambuco