A empresa canadense de mineração Yamana Gold está prestes a fechar uma parceria com a Petrobras para aquisição de parte do ácido sulfúrico que será produzido pela Refinaria Abreu e Lima. Representantes das duas empresas estiveram reunidos no Rio de Janeiro, na última terça-feira, e devem assinar em agosto um memorando de entendimento para elaborar o modelo de negócio que será adotado na montagem de uma fábrica de fertilizantes no Complexo Industrial Portuário de Suape.
A Refinaria Abreu e Lima produzirá cerca de 500 mil toneladas/ano de ácido sulfúrico, principal insumo de fertilizantes muito utilizados em lavouras como cana-de-açúcar e soja. A pretensão da Yamana Gold é utilizar 250 mil toneladas do produto. Segundo o secretário de Desenvolvimento Econômico, Fernando Bezerra Coelho, o memorando deverá estabelecer um prazo de seis meses para definição do modelo. Foi o que ficou acertado com o diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa.
"Essas negociações buscam agregar valor aos produtos derivados da refinaria. Somente depois da definição do modelo é que saberemos de quanto será o investimento e quantos empregos a indústria da Yamana poderá gerar", diz Bezerra Coelho. A Yamana Gold, cujo valor de mercado é de US$ 8 bilhões, vem comprando ativos na América do Sul. No Brasil, incorporou duas empresas de mineração, a Meridian Gold e a Northern Orion. Suas operações alcançam os estados da Bahia, Goiás e Mato Grosso. Outro derivado da refinaria cuja comercialização vem sendo negociada é o coque. Nesse caso, o namoro é com a Oxbow Carbon Minerals. O assunto também foi discutido durante reunião na Petrobras na terça-feira.
Mineradora deverá ser cliente da refinaria
14/07/2011