O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) é o antídoto para superar a crise. Foi com essa convicção que a ministra-chefe da Casa Civil e pré-candidata à presidência da República Dilma Rousseff assinou ontem à noite, em Suape, a ordem de serviço para início da construção da casa de força da Refinaria Abreu e Lima. A obra, orçada em R$ 966 milhões, vai gerar 2,8 mil empregos num prazo de 32 meses.
Ao lado do governador Eduardo Campos (PSB), do diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, ministros de Estado, parlamentares e empresários, Dilma garantiu que o governo federal vem tomando todas as medidas necessárias para blindar a economia brasileira contra as turbulências do mercado internacional. A continuidade do projeto da refinaria, com investimento total orçado em US$ 4,05 bilhão (cerca de R$ 9,5 bilhões), é uma dessas medidas. A planta, que deverá entrar em operação no segundo semestre de 2010, terá capacidade paraprocessar 200 mil barris/dia de petróleo. Vai gerar até 230 mil empregos diretos, indiretos e de efeito renda.
"Dessa vez, o governo é parte da solução e não do problema. Vamos ter consequências, sim, mas serão muito menores do que aquelas que ocorrerão em outros países. Estamos aqui numa dessas soluções, que é continuar investindo. E investir significa manter empregos", afirmou a ministra, que é coordenadora do PAC e presidente do Conselho de Administração das Petrobras.
De acordo com o diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, Dilma teve papel decisivo na aprovação do novo plano estratégico da empresa para o período 2009-2013, divulgado ontem no Rio de Janeiro. Nesses cinco anos, a meta é investir US$ 174 bilhões em refino, produção e exploração de petróleo e gás, incluindo a encomenda de novas plataformas e navios, como esses que estão sendo construídos no Estaleiro Atlântico Sul, em Suape. Dilma confirmou, ainda, a construção das refinarias do Rio Grande do Norte, Ceará e Maranhão.
Além desses investimentos em petróleo e gás, Dilma destacou o pacote que o governo federal está preparando na área de habitação popular, para pessoas que ganham entre dois e cinco salários mínimos. Ao invés de subsidiar construtoras, deverá ser criado um fundo garantidor para 500 mil famílias até 2010. Segundo ela, os investimentos em habitação para a população que ganha até dois salários mínimos continuarão sendo feitos com recursos orçamentários, a fundo perdido.
Ainda no Nordeste, Dilma Rousseff confirmou que o presidente Lula voltará a Pernambuco no dia 12 de fevereiro, para dar início às obras do trecho Salgueiro-Trindade da ferrovia Transnordestina. Em nome de uma "agenda soberana, ela defendeu a transposição de águas do Rio São Francisco, a duplicação da BR-101 e programas sociais como o Bolsa Família.
O governador Eduardo Campos, por sua vez, agradeceu a disposição de Dilma para "destravar empecilhos" e garantir a continuidade dos projetos. "Esse conjunto de obras ajuda o ambiente econômico de Pernambucoe do Brasil para enfrentar a crise", discursou o governador.
Uma força para Dilma... e para a refinaria
18/07/2011