Terraplanagem deve terminar este mês

A primeira etapa da obra mais cara da história de Pernambuco - a terraplanagem da Refinaria Abreu e Lima - está prevista para ser concluída neste mês. Pelo menos era isso o que apontava o cronograma oficial de obras para a unidade de refino, apresentado em evento realizado no início de abril. A reportagem solicitou a confirmação para a finalização dessa fase e por dois dias seguidos não obteve retorno da Petrobras. No terceiro dia, a resposta foi de que a estatal não se pronunciará sobre o assunto.
 
A última informação que consta é de que mais de 95% da terra já foi devidamente tratada. De toda forma, se houver atraso, o risco é de que a terraplanagem seja finalizada apenas no segundo semestre, haja vista as restrições desta atividade em períodos de inverno, como são os meses de junho e julho.
 
 “Terraplanagem é o tipo de serviço em que existe muita dificuldade, afinal, o terreno fica inviável com a incidência de chuvas. A terra tem que estar seca para fazer as intervenções. Se chover nos meses de junho e julho, vão ter que parar e isso pode atrasar todo o cronograma de obras civis, que se referem à montagem propriamente dita da refinaria”, avaliou um economista, na garantia da reserva.
 
Em contato com o Laboratório de Meteorologia de Pernambuco (Lamepe), a previsão passada é de que o clima para maio, junho e julho será de “normalidade” (ou seja, com chuvas conforme acontece neste período) ou “acima da média” (com uma grande densidade de chuva). O prognóstico de pluviosidade é feito do ponto de vista qualitativo e é anunciado após haver consenso com todos os censos de meteorologia da Região Nordeste.
 
É importante lembrar que, no dia do evento com a Imprensa, o gerente geral da Refinaria, Wilson Ramalho, afirmou que o prazo de conclusão da terraplanagem seria alongado de abril para maio “por causa de chuvas”. No pico das obras de construção da unidade de refino (outubro de 2011), haverá a criação de 23,5 mil empregos. O investimento total é de R$ 23,3 bilhões.