Produção da indústria cresce 25% no Estado

A produção industrial de Pernambuco cresceu 25,3% comparando março de 2010 com o mesmo mês de 2009. É a taxa mais elevada desde fevereiro de 1995, quando o aumento foi de 44,1%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No setor, ocorreu um aumento de 4,4% na comparação de março último com o mês anterior. “A indústria pernambucana já se recuperou da crise. E no começo do ano passado, a produção estava com uma base muito baixa devido à crise mundial”, explicou o economista da coordenação de Indústria do IBGE, Fernando Abritta.

No começo do ano passado, indústrias de todo o País reduziram a produção em consequência da turbulência mundial que fez diminuir o consumo. Além de Pernambuco, o aumento da produção industrial acima dos 20% ocorreu também em mais cinco Estados: o Espírito Santo (45%), Amazonas (39,9%), Minas Gerais (22,4%), Paraná e Goiás, ambos com 23,7%.


Outro fator que mostra a recuperação da indústria local, segundo Abritta, é o acumulado dos três primeiros meses deste ano que teve uma alta de 16%.

O aumento de 25,3% da indústria pernambucana foi puxado pelo incremento da produção de três setores: produtos químicos (59,4%), metalurgia básica (41,5%), alimentos e bebidas (16%).

Nos produtos químicos, ocorreu uma alta de 204% no crescimento da produção de borracha de estireno-butadieno. “Esse produto é usado principalmente na fabricação de pneus e teve esse incremento porque as montadoras fabricaram mais veículos com a redução do Imposto sobre Produto Industrializado (IPI)”, explicou o coordenador da unidade de pesquisa da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe), André Freitas. Ainda dentro dos produtos químicos, houve um aumento de 47,3% na fabricação de tintas e vernizes usados na construção civil.


AUMENTO

A produção de alimentos e bebidas registrou um crescimento de 16%. Em março último, o setor respondeu por 39% de toda a produção da indústria pernambucana. Os produtos que apresentaram maior alta foram os refrigerantes (14,6%) e sorvetes (66%). Uma parte desse aumento ocorreu devido às altas temperaturas registradas em março.

Já no setor de metalurgia básica, o destaque foi para a produção de chapas e tiras de alumínio (33,4%) e vergalhões de aço carbono (61,6%). “O aumento desse consumo está ligado aos recordes de venda que estão sendo registrados na construção civil”, afirmou Freitas. As tiras de alumínio também são usadas na fabricação de alguns eletrodomésticos.

Dos 11 setores pesquisados em Pernambuco, dez registraram desempenho positivo.