Um dos grandes grupos nacionais responsáveis pela distribuição de combustíveis nas regiões Norte, Nordeste e Centro Oeste do país veio a público para dizer que a expansão do conglomerado este ano e no próximo exercício será centralizada nas regiões acima indicadas. Os cálculos a que o pessoal do conglomerado procedeu nos últimos meses indicam que as três indicadas regiões "têm potencial para crescer mais do que as outras regiões, o Sul e o Sudeste do país". Foi exatamente assim que se pronunciou o presidente do citado conglomerado, Pedro Wongtschowski, segundo o jornal "Valor".
Tudo quer dizer que os motores que se alimentam dos combustíveis distribuídos pelo conglomerado terão acentuado impacto no avanço da economia do Nordeste, Norte e também do Centro Oeste. Inúmeros investimentos, de fato, estão sendo anunciados para as três áreas em apreço, sendo de notar, sobretudo, o Nordeste centrado em Pernambuco, cujo desempenho é destacado em consequência da prevista inauguração, dentro dos próximos três anos, da refinaria Abreu e Lima, sita no perímetro do polo industrial-portuário de Suape, em desenvolvimento ao sul do Recife.
A refinaria teve a construção quase paralisada, até que os governos do Brasil e Venezuela, retomaram as rédeas da iniciativa, determinando de cima para baixo as diretrizes que tornaram factível a continuação do empreendimento. Agora, a obra anda como nos bons tempos dos grandes empreendimentos nacionais, a Petrobras responsável por 60% do processo de capitalização e a PDVSA, de Caracas pelos restantes 40%.
Montadoras de automóveis se lançam no momento a transformar Suape num enorme centro distribuidor de veículos, enquanto outras iniciativas congêneres tomam também conta do privilegiado cenário. Por outro lado, numerosas fontes relacionadas ao cimo das grandes decisões econômicas no campo privado confirmam que o Nordeste deverá ser alvo de fortes investimentos nos próximos anos. Serão de notar os investimentos em GLP (gás de cozinha). Espera-se que, entre 2009 e 2014, a oferta de GLP na área simplesmente dobre em relação aos dias de hoje.
Não há negar nesses desenvolvimentos o papel que a economia do estado e seus planejadores reservou ao Complexo Industrial e Portuário de Suape, obra que desempenhou o papel de esclarecer um futuro para o Estado de Pernambuco que se apresentava turvo. Ali hoje se concentram as grandes preocupações no domínio das inversões de capital e ali tudo funciona como um cadinho que na fervura das opções econômicas sai determinando o porvir econômico e social de amanhã. O caso do GLP, da refinaria, dos estaleiros, o caso das químicas e outras atividades de ponta são anúncios - fortes anúncios - de que não se estiolaram os esforços no sentido de dotar Pernambuco de uma forja capaz de sustentar outras grandes realizações econômicas e sociais. O polo de crescimento chamado Suape vai além do simples enunciado de conquistas que se materializam no papel, no solo e nas conquistas registradas nas porfias de mercado, cujo empregos enriquecem a economia e realizam os homens e as famílias que deles dependem.
Pernambuco, com esses fatos auspiciosos, que marcam, aqui, o ínício do século 21, vai abrindo novos caminhos, num trabalho que tem contribuído para as mudanças de que necessita o Nordeste.
Da redação - Jornal do Commercio