Suape repete efeito de Camaçari há 30 anos

A hegemonia econômica baiana no Nordeste dura cerca de 30 anos. Até a década de 80, Pernambuco era o principal expoente econômico da região. Foi quando a Bahia iniciou um processo de industrialização que atingiu seu ápice com a formação do cinturão industrial na cidade de Camaçari e em seu entorno, transformando-se no segundo polo petroquímico do Brasil e responsável por 30% do PIB baiano e pela exportação de US$ 2,3 bilhões e faturamento de US$ 15 bilhões por ano.

O fenômeno é parecido com o que acontece atualmente no Complexo Industrial Portuário de Suape, que também terá sua cadeia petroquímica, mas que foi escolhido para ser o mais novo polo naval do País. Ainda assim, a economia baiana dispõe de um trunfo que ainda não é realidade para Pernambuco.

“A Bahia é muito diversificada. Está inserida na cadeia produtiva de petróleo e gás, produz algodão, soja, cacau, cana-de-açúcar, celulose e tem destaque no mapa da indústria automotiva nacional”, lista o sócio-diretor da consultoria econômica Ceplan Jorge Jatobá.

Só que os baianos são muito dependentes do mercado externo. Isso foi negativo no ano passado, quando a crise ainda provocava estragos. Enquanto Pernambuco manteve crescimento acima de 3%, a Bahia não chegou a 2%.