Plano Diretor inclui Centro de Reparação Naval

Numa visão futurista e também assaz positiva, o novo Plano Diretor do Complexo de Suape faz o seu projeto incluindo o Centro de Reparação Naval entre os investimentos já conquistados. A informação foi confirmada pelo presidente do Porto e secretário de Desenvolvimento Econômico, Fernando Bezerra Coelho. “Estamos contando com o Centro de Reparação no Plano Diretor”, revelou, recentemente.


O empreendimento ainda é algo que está sendo negociado do ponto de vista de parcerias e, por enquanto, existe apenas um estudo de viabilidade sobre a sua implantação. Mesmo assim, por ser uma obra avaliada em R$ 250 milhões e haver somente um centro de reparos no Brasil, o projeto é de extrema importância e serve para dar mais força ao complexo. O fato de constar no Plano Diretor é visto com bons olhos.


Ademais, atuando a longo prazo, a avaliação final do consórcio Projetec e Planave pode ser decisiva para o crescimento econômico de Suape. Na última reunião de debate sobre o novo plano, os palestrantes tiveram que responder a uma pergunta inusitada a respeito da independência econômica do complexo. Um dos membros do Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon) quis saber quando o polo de investimentos poderia caminhar com as próprias pernas, sem precisar impor taxas ou impostos relativamente baixos e dando outros incentivos fiscais para as companhias interessadas em se instalar na zona portuária.


“Eu acredito que Suape não precisa oferecer mais incentivos fiscais para as empresas. Depois que investimentos de peso aportaram no complexo, como é o caso da Refinaria Abreu e Lima, as companhias vão ter a confiança para querer se instalar aqui. A Petrobras serve como uma referência para elas, que não virão por causa de estímulos, mas porque o local tem infraestrutura portuária”, frisou o consultor da Projetec, João Recena, lembrando que caberá à administração do Porto a decisão sobre o assunto depois que tiver acesso ao PD.


Inicialmente, os custos para a construção da unidade de refino eram de US$ 2,5 bilhões. Depois, em 2006, passaram para US$ 4 bilhões.