Estado espera crescer 12% este ano

Pernambuco deve fechar o ano com um crescimento de 12% do Produto Interno Bruto (PIB), o correspondente a R$ 90 bilhões. É o que espera o secretário de Planejamento e Gestão do Governo do Estado, Geraldo Júlio, que enxerga um cenário mais positivo do que o divulgado, ontem, pela Agência Condepe/Fidem. A projeção da instituição é de um PIB entre 9% e 11% em 2010. “Tenho a certeza de que a gente vai crescer mais de 12% este ano. É mais do que a China”, comparou o gestor.

Ele atribui o bom momento da economia pernambucana à política de atração de investimentos do Estado e à capacidade da realização de obras com recursos próprios, além do evidente clima favorável ao Nordeste. A média de crescimento do PIB de Pernambuco dobrou nos últimos anos. Saltou de 3,1% entre 2003 e 2006, para 6,8%, de 2007 para cá.

O Estado obteve um aumento recorde de 7,8% no primeiro trimestre deste ano, em comparação com a mesma época de 2009, enquanto o Brasil registrou 9% de incremento. Mas isto não quer dizer que o País cresceu mais, pois ele vem de um recuo de 0,2% em 2009. “A economia de Pernambuco está agregando mais valor. Você pode até crescer um pouco mais, só que na maioria dos casos o significado é de recuperação”, disse o diretor Executivo de Estudos, Pesquisas e Estatística da Agência Condepe/Fidem, Maurílio Lima.

A média de investimentos do Governo do Estado no primeiro trimestre pulou de R$ 63 milhões no período 2003/ 2006 para R$ 178 milhões nos últimos anos. Só em 2010 foram injetados R$ 448 milhões. Entre janeiro e abril deste ano, o segmento com maior acréscimo no trimestre foi o industrial (12,4%). As influências foram da indústria de transformação (11,8%) e da construção civil (17,6%). Apesar dos resultados, o grande carro-chefe pernambucano passa por alguns problemas.

 “As empresas têm dificuldades na compra de insumos, como máquinas, brita e cimento. Trabalhamos para acelerar a geração de mão de obra e vem dando resultado. O Estado tem batido todos os recordes de emprego”, avaliou o secretário Geraldo Júlio. De acordo com o Caged, foram promovidos 60 mil vagas a mais no primeiro trimestre deste ano, na comparação com o mesmo período de 2009. Já o nível de desemprego na Região Metropolitana do Recife (RMR) foi reduzido quase pela metade entre 2006 e 2010. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), há quatro anos o índice estava em 16% e hoje atinge 9,1%.