Vagas para operadores na refinaria

As empresas dos sete consórcios que tocarão as obras de construção da Refinaria Abreu e Lima no Porto de Suape procuram 30 operadores de andaimes para contratação imediata, e não conseguem preencher as vagas com profissionais pernambucanos. Além dessa especialidade existem mais 170 empregos na área da construção civil à espera de trabalhadores que tenham no mínimo seis meses de experiência e o ensino fundamental completo. Para atender a demanda, a Agência do Trabalho montou uma força tarefa e vai selecionar mão de obra em todas as regiões do estado. No pico da obra física da refinaria devem ser empregadas cerca de 25 mil pessoas.

A seleção de pessoal para a refinaria já iniciou, mas os consórcios estão com dificuldades de contratar trabalhadores que atendam às exigências da Petrobras. O problema é que não existe pessoal cadastrado com essas qualificações nas unidades das Agências do Trabalho. Entre eles: armador, auxiliar de topógrafo, eletricista, encanador industrial, encarregado de servente, encarregado de terraplanagem, encarregado de pedreiro, encarregado de montador, encarregado de obra civil. "Estamos fazendo um levantamento nos bancos de todas as unidades no estado e vamos trazer pessoal da Zona da Mata e do Sertão para preencher as vagas", diz Ângela Mochel, gerente geral das Agências do Trabalho.

Além do esforço redobrado para recrutar pessoal da construção civil, a Agência do Trabalho pretende capacitar pessoal no próprio canteiro de obras da Abreu e Lima dependendo das necessidades das construtoras. "Na época da terraplanagem da obra conseguimos montar cursos de qualificação e garantir o aproveitamento de 97% da mão de obra de pernambucanos", destaca Ângela. Segundo ela é necessário que as empresas façam um levantamento dos tipos de gargalos para adequar os cursos de qualificação que serão ofertados.

Atualmente, algumas especialidades da construção civil são consideradas "mosca branca" porque não existem no mercado. "Há casos de demissão que eles saem por uma porta e imediatamente entram por outraporta", diz a gerente. A preocupação é com o período de pico da obra da refinaria para não perder os empregos para outros estados, como aconteceu com outras obras de construção civil instaladas na região de Suape.