Schin confirma investimento e aposta no crescimento do NE

A região Nordeste tem potencial para se tornar o principal mercado para a marca Schincariol nos próximos anos. A empresa confirmou ontem investimentos de R$ 200 milhões nas duas unidades da marca em Pernambuco - no Recife e em Igarassu - que somados aos anúncios feitos nos últimos dias para o Maranhão (R$ 120 milhões) e a Bahia (R$ 400 milhões), representam 60% do total de R$ 1 bilhão previsto até 2014.

"Entendemos que o mercado de bebidas no Nordeste tem crescido 20% mais que a média nacional. Pelo investimento que estamos fazendo, acreditamos que em breve o Nordeste vai superar o Sudeste", detalhou o presidente da empresa, Adriano Schincariol. De acordo com o executivo, o mercado de cervejas cresceu 5% no Brasil em 2009.
Em Pernambuco, a Schincariol lidera o mercado deste tipo de bebida, com 31% de participação. Em seis anos, a arrecadação de ICMS da empresa cresceu 590%, segundo dados apresentados pelo presidente. Já no segmento de refrigerantes, a produção dobrou nos últimos dois anos no país.

Schincariolressaltou que o consumo de cerveja costuma crescer em torno de 30% em ano de Copa do Mundo. Com a realização do evento no Brasil, em 2014, a expectativa é que as vendas ultrapassem este percentual. "Acreditamos no potencial de crescimento. No Brasil, o consumo de cerveja fica em torno de 70 litros por pessoa, por ano, dependendo da época. Na Europa, esta média fica em 130 litros", considerou.

No estado desde 2003, quando iniciou as atividades no Recife, a Schincariol gera atualmente 1.275 empregos diretos, 253 terceirizados e aproximadamente 3 mil indiretos. Os recursos anunciados servirão para a ampliação da capacidade de produção, a aquisição de equipamentos e investimentos em divulgação. Durante as obras, devem ser gerados 60 empregos. No Brasil, a Schin emprega 9.300 pessoas direta e indiretamente, com uma produção de 4,5 bilhões de litros por ano em 14 fábricas, espalhadas por 12 estados.

De acordo com o executivo, os investimentos não significam inserção de novas marcas no mercado pernambucano. Na unidade de Igarassu a produção é exclusiva de cervejas, enquanto na unidade do Recife são fabricados os demais produtos direcionados para o mercado.

Latinhas - O aumento na venda de cervejas não foi acompanhado pelos fabricantes de latinhas de alumínio e aço. No caso da Schincariol, até 30% das latas estão sendo importadas do México e dos Estados Unidos, a preços até 30% mais altos do que as produzidas no Brasil. "A cadeia de produção acabou não acompanhando o crescimento do setor. Estamos conversando com os empresários para tentar solucionar esta questão. Por enquanto, estamos suportando os preços, adotando medidas de economia de água e energia", revelou o presidente da Schin. Segundo Adriano Schincariol, a participação da bebida vendida em latas subiu de 25% para 33% nos últimos anos, com tendência de continuar aumentando.