Ricardo Eletro opera 1ª loja no Estado no dia 30, em Petrolina, e já tem outra unidade programada para a cidade. Caruaru é o próximo passo e, no Recife, rede negocia compra de grupo pernambucano.
Com o famoso jeitinho mineiro, a Ricardo Eletro, gigante rede varejista, abrirá sua primeira loja em Pernambuco no próximo dia 30, no River Shopping, em Petrolina, e já prepara uma segunda unidade também naquele município, no centro da cidade. E esse é só o início do caminho para o Recife, antecipa o diretor da regional Nordeste da empresa, José Guimarães. Para isso, a Ricardo Eletro já negocia um atalho: a aquisição de um grupo pernambucano.
Só para ilustrar o tamanho da rede mineira, com mais de 260 lojas em nove Estados, ela rivaliza com a concorrente baiana Insinuante, que tem 220 lojas em 11 Estados. As duas já disputam com ferocidade a preferência do consumidor da Bahia (leia mais na matéria ao lado).
Sobre a estratégia adotada para o Estado, José Guimarães não esconde os planos. “Começamos em Petrolina porque já temos loja ali perto, em Juazeiro (BA). Mas é inevitável chegarmos no Recife para consolidar nossa marca no Nordeste”, afirma ele.
A Bahia é, atualmente, a central de operações da rede no Nordeste. Através de um centro de distribuição (CD) localizado em Salvador e de “pulmões” – pequenas CDs instaladas em cidades estratégicas –, a rede atende suas 65 lojas nordestinas, distribuídas pela Bahia, Sergipe e Alagoas.
O executivo conta que a Ricardo Eletro negocia, através de uma empresa especializada em fusões e aquisições, a compra de uma rede pernambucana. “Estamos estudando, mas não há nada acertado”, explica. Mesmo sem o atalho que seria a aquisição de uma rede local, uma estratégia de crescimento no Estado já foi traçada. “Caruaru é o próximo passo, caso não sejam consolidadas as negociações. Mas chegaremos ao Recife de qualquer modo”, afirma.
As duas lojas em Petrolina serão um investimento de R$ 1,2 milhão. Somente na unidade do River Shopping, são 30 empregos. O grupo emprega 8 mil pessoas, no total. E o faturamento? “Não há uma razão específica para não divulgarmos esse número. Mas preferimos focar na quantidade de empregos, nosso maior patrimônio. Há grupos que exibem grandes números e estão com problemas de liquidez. Nós estamos crescendo durante a crise e com capital próprio. Não tomamos empréstimos e nossa expansão é muito criteriosa”, afirma.
A rede chegou ao Rio de Janeiro no ano passado e fechou 2008 com 14 lojas. Até o final de 2009, serão 50 unidades naquele Estado.
Gigante mineira abre lojas em Pernambuco
14/07/2011