Pernambuco terá agência de fomento

O governo anunciou ontem a criação da Agência de Fomento do Estado de Pernambuco. A partir de novembro, o órgão vai funcionar como uma instituição financeira, oferecendo microcrédito a pequenos empreendedores pernambucanos. Ligada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, contará no primeiro momento com R$ 35 milhões a serem emprestados com taxas de juros entre 1,2% e 2,5% ao mês. Foram dois anos até estruturar a operação e receber a liberação do Banco Central. A meta é obter R$ 100 milhões de capital nos próximos quatro anos.

O desejo de criar o órgão é antigo. Remonta ao ano de 1998, quando o Bandepe foi privatizado. Naquela época, ficou acertada uma contrapartida do governo federal de R$ 20 milhões. Esse dinheiro foi utilizado agora, doze anos depois, para compor o capital inicial da agência. Os outros R$ 15 milhões saíram do orçamento do Estado. O objetivo é emprestar valores pequenos de crédito a microempreendedores – a partir de R$ 200 até um teto que ainda será estipulado.

Como não terá grande presença física no Estado, a agência vai atuar em parceria com prefeituras, sindicatos e associações. Para começar a funcionar, resta à agência estruturar a sua parte tecnológica, segundo explicou o seu coordenador técnico, Agnaldo Nunes.

“Estávamos devendo a inclusão bancária. Ainda há muitas pessoas excluídas do acesso ao crédito. A agência vai abrir caminho para alargar a oferta de financiamentos aos pequenos empreendedores”, comentou o governador do Estado, Eduardo Campos. São acionistas da agência o governo de Pernambuco (majoritário, com 51%), a Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (AD Diper), a Federação das Associações de Microempresas e Empresas de Pequeno Porte do Estado de Pernambuco (Femicro-PE) e o Sindicato das Indústrias de Gesso do Estado de Pernambuco (Sindusgesso).