Sherwin-Williams está de olho na indústria naval

A fabricante americana de tintas Sherwin-Williams acompanha de perto o desenvolvimento da indústria naval em Pernambuco. Fornecedora dos produtos que pintaram o navio petroleiro João Cândido, primeira embarcação produzida pelo Estaleiro Atlântico Sul (EAS) no Estado, a empresa aposta na chegada de novos estaleiros ao Complexo Industrial Portuário de Suape como grande impulsionador de seus negócios na Região Nordeste. Segundo o executivo da Sherwin-Williams, Nuno Cipriano, Pernambuco tem importância estratégica nos planos da companhia.

O executivo cita o estaleiro português MPG Shipyard que, em março deste ano, assinou um protocolo de intenções com o governo do Estado, como um dos futuros empreendimentos que devem beneficiar o setor de tintas navais da empresa em Pernambuco. De olho no aumento da demanda por seus produtos nos próximos anos, a Sherwin-Williams já ampliou sua rede de lojas próprias em solo pernambucano. Agora são 59 pontos de venda exclusivos da marca, que atua também no ramo imobiliário, industrial e automotivo.

Por ser um estaleiro de manutenção de navios, o uso de tintas navais será constante, explica Cipriano. Diferentemente do que ocorreu no João Cândido, que demandou uma grande quantidade de produto, mas de uma vez só. “Ambos são muito importantes para a empresa. Nos estaleiros de manutenção há ganho na movimentação e nos de construção ganha-se em escala. São dois mercados bem interessantes”, resumiu o executivo. Para se ter uma ideia, o primeiro navio fabricado pelo EAS demandou 300 mil litros de tinta.

O boom na construção civil industrial do Estado, com a chegada de novos investimentos quase que todo o mês, também é visto com muito bons olhos pela Sherwin-Williams. “Indústria, habitações, restaurantes, pontos comerciais. O mercado pernambucano está bem dividido”, comenta Cipriano.