Recife em 5º lugar no emprego

Recife é a quinta cidade brasileira que mais gerou empregos em maio com 4.962 vagas. O ranking foi divulgado ontem pelo Ministério do Trabalho e Emprego com os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Em Pernambuco foram criados o total de 10.691 postos de trabalho com carteira assinada, puxados pelo setor de serviços (4.263), construção civil (2.202), comércio (2.007) e agropecuária (1.798). Nos últimos doze meses houve crescimento de 8,56% no nível de emprego com a oferta de 80.973 vagas. No Brasil, o mercado formal registrou em maio o melhor desempenho da série histórica desde 1992, com a criação de 298 mil postos formais.

O Caged retrata o saldo entre as contratações e desligamentos registrados pelas empresas a cada mês. No comparativo entre maio de 2003 e maio de 2010, os empregos formais dobraram em Pernambuco, passando de 5.002 para 10.961. No país, os postos de trabalho pularam de 140.513 para 298.041, com destaque para serviços (80.104), agricultura (62.247), indústria (62.220), comércio (43.465) e construção civil (39.082). Das cinco regiões, o Sudeste desponta com a marca de 189.501 novas vagas em maio, seguido do Nordeste com 45.827 empregos.

Embaladas pela retomada do crescimento econômico, as empresas voltaram a contratar com força total nos cinco primeiros meses do ano. A receita festas juninas adicionada à Copa do Mundo abriu o apetite do setor produtivo. No estado, os ramos de administração, corretores e profissionais da área de imóveis absorveram boa parte das pessoas contratadas em maio. Os segmentos de hotelaria, bares e restaurantes também alavancaram o emprego, sem contar com os serviços médicos e odontológicos.

"As contratações foram puxadas também pela construção civil que aproveitou o boom do crédito", avalia André Luz Negromonte, superintendente regional do trabalho em Pernambuco. Embora o setor industrial tenha criado apenas 385 vagas no estado em maio, o superintendente do trabalho destaca o desempenho positivo do emprego na Região Metropolitana do Recife. Elecita os segmentos de alimentos e bebidas entre os que mais contrataram porque se prepararam para atender o aumento da demanda do período junino e dos jogos da Copa. "Sazonalmente o desempenho da indústria de transformação é fraco em maio, mas com a volta da moagem da cana de açúcar a tendência é a recuperação dos postos de trabalho", acredita.

Pelas projeções do ministro do Trabalho, Carlos Lupi, o país deverá chegar ao final dos oito anos do governo Lula com a criação de 13 milhões de empregos com carteira assinada. Tanto otimismo é justificado pelo ministro por dois fatores sazonais: Copa do Mundo e Olimpíadas que vão incrementar o setor de serviços. Para junho, Lupi aposta na marca de 320 mil novos empregos, para superar o recorde histórico da série do Caged que é de 309 mil. Em relação ao segundo semestre, a expectativa do ministro é que os resultados sejam ascendentes, seguindo a trajetória de crescimento do PIB.