Com previsão de inaugurar as operação de seu complexo industrial no segundo semestre do ano que vem, a PetroquímicaSuape (PQS) anuncia a implantação de uma nova linha de produtos que vai agregar US$ 90 milhões (cerca de R$ 160 milhões) ao empreendimento, orçado até então em R$ 4,07 bilhões. Ontem, a empresa assinou com a diretoria do Complexo de Suape promessa de compra e venda de uma área de 13,9 hectares para essa ampliação.
O complexo da PQS está projetado para fabricar de resina PET (utilizadas na fabricação de garrafas), PTA (matéria-prima para o PET) e fios para a indústria têxtil. São três fábricas, com estimativa de geração de 1.800 empregos diretos. Com a ampliação, a petroquímica vai produzir fios têxteis específicos para fabricação de cintos de segurança para veículos e cabos de alta resistência. “Já temos promessa de compra do produto pela empresa Unifit, que está se instalando no município de Timbaúba”, adianta o presidente da PQS, Richard Ward.
Pertencente ao grupo Unimetal, a Unifit vai produzir cintos de segurança e pneus para as indústrias automobilísticas, além de cordas e cabos para a amarração de navios em estaleiros e equipamentos de segurança, como cordas, cabos e mangueiras de incêndio. A Unifit representa um investimento de R$ 57 milhões e vai gerar 300 empregos diretos em Timbaúba, na Zona da Mata Norte.
Os quase 14 hectares da ampliação da Petroquímica vão se somar à área de 55 hectares do complexo, que está em obras e já começa a receber as primeiras máquinas para a produção de fios têxteis.
SOCIEDADE
Desde que o projeto do complexo foi anunciado, houve mudanças na composição acionária. A Petroquisa, braço petroquímico da Petrobras, no início era sócia de cada uma das indústrias previstas na concepção original do polo petroquímico, a de filamentos de poliéster e a de PTA.
Posteriormente, a Petroquisa ficou sozinha à frente de todo o complexo, que incorporou a unidade de PET, fora a nova ampliação.
A expectativa da Petrobras é transformar o projeto em privado, repassando mais de 50% para um sócio.
Até agora, porém a companhia apenas fechou um acordo de cooperação técnica com a indiana Reliance e mantém negociações para fechar sociedade com a Braskem, sua parceira em outros empreendimentos da área química.
Petroquímica ampliará produção
30/05/2011