Espanhóis abrirão fábrica de cimento

Em meio ao boom do setor de construção civil, o Porto de Suape receberá a primeira fábrica de cimento do País. A unidade terá um investimento de US$ 35 milhões e ficará localizada numa área de 10,1 hectares, na parte que corresponde ao município do Cabo de Santo Agostinho. O investimento é do grupo espanhol PG&A Empreendimentos. Na construção, que deverá iniciar em seis meses com a terraplanagem, deverão ser gerados 500 empregos. Quando entrar em operação, em 18 meses, a empresa responderá por 150 empregos diretos e 450 indiretos. Ontem, no Centro Administrativo de Suape, foi assinada a promessa de compra e venda do terreno.
 “O Estado consome entre 320 a 340 quilos de cimento por habitante ao ano, ou seja, a demanda é de 2,5 milhões  a 3 milhões de toneladas por ano”, salientou o sócio diretor da PG&A, Luiz Carlos Ghizzi. A PG&A tem uma meta ousada de atender a pelo menos um quarto do consumo local com a produção de 500 mil toneladas por mês, podendo chegar a 600 mil toneladas.

Pegando carona no crescimento da construção civil no Estado, o cimento teve acréscimo de 9% neste primeiro semestre. No total, são produzidas 5 milhões de toneladas/ano. “A PG&A é mais um player que chega para participar da indústria de construção no Brasil”, comemorou o presidente de Suape e secretário de Desenvolvimento Econômico, Fernando Bezerra Coelho.

No evento, foi informado que o Centro Administrativo de Suape será inaugurado após outubro, quando o governador Eduardo Campos puder participar da solenidade (no momento, ele está vetado por conta da legislação eleitoral). Também foi descerrada a placa informando a conclusão da duplicação do Tronco Distribuidor Rodoviário Sul (TDR-Sul), principal acesso ao Porto.

Para completar, foi entregue a Carta Náutica atualizada (consta dados sobre a navegação da área), além da assinatura de um termo de compromisso para a construção numa área de 1 hectare da Agência de Capitania dos Portos em Suape, a primeira do Estado. Por fim, foi autorizada a convocação dos primeiros 50 profissionais aprovados no primeiro concurso público do Complexo Industrial.