Produção do Estado cresceu 22% em maio

A produção industrial de Pernambuco registrou um crescimento de 22% em maio deste ano, comparando com o mesmo período do ano passado. Já com relação ao mês anterior, houve um acréscimo de 1,5%. Nos últimos 12 meses, ocorreu um aumento de 7,8%, sendo a maior já registrada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) desde novembro de 1995. “Esses números mostram que a indústria voltou a operar no mesmo patamar registrado antes da crise, em 2008”, disse o coordenador da unidade de Pesquisas Técnicas da Federação da Indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe), José André Freitas.

A média nacional de crescimento da indústria foi de 14,8%, comparando maio de 2010 com o mesmo mês do ano passado. Todos os locais pesquisados pelo IBGE apresentaram aumento na comparação deste período porque em 2009 toda a indústria registrou uma diminuição da produção como consequência da crise internacional. Esta turbulência atingiu mais fortemente os Estados que têm muitas empresas exportadoras, do setor automotivo ou siderúrgicas, como São Paulo e Minas Gerais..

Em Pernambuco, todos os 11 setores pesquisados apresentaram crescimento. A alta de 22% foi puxada principalmente pelo aumento de 22,1% no setor de alimentos e bebidas com uma maior produção de produtos como sorvetes, refrigerantes, cervejas e chope.

“Esse aumento foi influenciado pelo consumo decorrente da Copa do Mundo e pelas festas de São João, porque as empresas produzem antes para abastecer o comércio”, explicou Freitas. O setor de alimentos e bebidas tem um peso de 37% em todo o setor industrial no Estado.

A metalurgia básica pernambucana também registrou um aumento de 16,5%, resultado do incremento na fabricação de vergalhão de aço, chapas e tiras de alumínio. “O primeiro é usado na construção civil e os últimos em vários produtos, como na fabricação de alguns eletrodomésticos”, comentou o economista da coordenação de Indústria do IBGE, Fernando Abritta.

A fabricação de produtos químicos registrou um crescimento de 19,1% puxada pelo incremento na produção de borracha (o estireno butadieno é matéria-prima de pneus), tintas e vernizes (utilizados na construção civil).
Ainda na influência do boom da construção civil, o setor de minerais não metálicos registrou um crescimento de 30,4% com o aumento na fabricação de produtos cerâmicos para banheiros e do clínquer (material usado como matéria-prima para a indústria cimenteira). A indústria de borracha e de plástico local cresceu 40,3%, produzindo mais tubos, canos e mangueiras de plásticos.